Dia de Todos os Santos
1 de Novembro


História e crenças

Tradições do dia de Todos os Santos

Sabia que origem da celebração cristã do Dia de Todos os Santos remonta ao século II? Nesta época alguns cristãos começaram a celebrar os que tinham sido perseguidos e martirizados por causa da sua fé. No entanto, a comemoração regular começou apenas no século VI, a 13 de Maio de 609 ou 610, quando o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão a Maria e a todos os mártires. Esta data foi alterada quando o Papa Gregório III (731-741) dedicou uma capela em Roma a todas as pessoas que tinham vivido uma existência de acordo com o Evangelho e, por isso, eram consideradas santas. O Papa também ordenou que a solenidade fosse, daí em diante, celebrada a 1 de Novembro.

Embora se afirme que o Dia de Finados era um dia santo católico, a sua origem remonta à Idade Média onde era popular a crença de que, nesse dia, as almas no purgatório podiam aparecer em formas diferentes.  No dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos, nos países anglo-saxões, existe a crença de que as almas dos mortos descem à terra nos locais de nascimento.  O termo tem origem na expressão em inglês “All Hallow’s Eve”  ou seja, a Véspera de Todos os Santos.

Em Portugal, o dia 1 de Novembro é feriado nacional e liga-se à tradição do Pão por Deus, quando as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos grupos para pedir o pão por deus de porta em porta. Quando pedem o pão por deus recitam versos e recebem como oferenda pão, broas, bolos, romãs, nozes, amêndoas ou castanhas. O Dia de Todos os Santos era já chamado o Dia do Pão por Deus no seculo XV, altura em que se repartiam alimentos pelos mais pobres. Este hábito propagou-se um ano após o grande terramoto de 1755,  que aconteceu precisamente no dia 1 de Novembro e destruiu grande parte de Lisboa. Em 1756, as pessoas percorreram as ruas de Lisboa, batendo às portas e pedindo qualquer esmola ou oferenda, usando a frase “Pão, por Deus”. Em troca muitos receberam pão, bolos e outros alimentos para honrar os seus mortos.

Até meados do século XX, o Pão por Deus era uma comemoração que tentava ajudar as pessoas mais pobres. Nas décadas de 60 e 70 do século XX, a data começou a ser comemorada de forma mais lúdica. E, a partir dos anos 80, a tradição foi desaparecendo.
As crianças, quando pedem o Pão por Deus recitam versos e recebem oferendas que colocam dentro do seu saco de pano.
“Pão por Deus,
Fiel de Deus,
Bolinho no saco,
Andais com Deus”.

Os tempos mudam, mas podemos preservar algumas das tradições. Se sentir inspirado pela história, e tiver essa possibilidade, pode marcar a diferença e fazer uma oferenda a uma associação de ajuda aos necessitados.




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