A história do Natal tem uma longa tradição pagã que se pensa ter começado com as celebrações no final de dezembro aquando do solstício de inverno (no hemisfério norte). Sabe-se que vários povos realizavam festas durante o solstício de inverno, como por exemplo, as comemorações realizadas no Império Romano em homenagem ao Sol, que aconteciam precisamente no dia 25 de dezembro e eram chamadas de Dies Natalis Solis Invicti.
Outra festa pagã que contribuiu para a simbologia no Natal, nomeadamente, com a introdução do pinheiro de Natal, foi o Yule. Esta festa protagonizada pelos povos nórdicos pretendia homenagear o solstício de inverno.
A primeira menção a 25 de dezembro como data do nascimento de Cristo ocorreu em 354 d.C. Somente no século IV, o Papa Júlio I fixou a data de nascimento de Jesus Cristo. A palavra Natal é derivada do latim nātālis e do verbo nāscor que tem o sentido de nascer. Em 449, o Papa Leão I oficializou o dia 25 de dezembro para comemorar o nascimento de Jesus como uma das principais festas da Igreja Católica. Em 529, o imperador Justiniano, declarou a data como feriado oficial do império. Pensa-se que foi também nesta altura que o domingo foi escolhido como o Dia do Senhor, pois Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana. O domingo, Dia do Senhor, foi declarado dia obrigatório para descanso.
Símbolos de Natal
Ao longo do tempo, o Natal tornou-se, além de uma festa tipicamente religiosa com seus simbolismos próprios, como o presépio, criado por São Francisco de Assis na Idade Média. Trata-se de uma representação do cenário em que Jesus nasceu.
A primeira referência a uma Árvore de Natal remonta a 1510, na Lituânia, e é atribuída a Lutero, autor da reforma protestante. A árvore estava decorada com velas e uma estrela no topo.
A tradição de dar presentes é fortemente ligada à visita dos reis magos ao Menino Jesus e as oferendas.
Belchior ofereceu ouro para representar a nobreza de Jesus. Gaspar deu incenso, representando a divindade de Jesus. Baltasar ofereceu mirra, uma erva amarga, para simbolizar o sofrimento que Jesus viria a enfrentar.
A Coroa do Advento
A coroa do advento é feita com ramos verdes e pode ser enfeitada com fitas coloridas e nela se colocam quatro velas. A cada domingo do advento acende-se uma vela. No Natal pode-se adicionar uma quinta vela branca até o término do tempo natalino. Esta coroa é originária dos países nórdicos e contém raízes simbólicas universais: a luz como salvação, o verde como vida e o formato redondo a eternidade.
O tronco de Natal representa simbolicamente a Árvore da Vida e a salvação trazida por Cristo.
O Pai Natal
A figura do Pai Natal é inspirada na vida de São Nicolau e nas várias lendas que se criaram à volta dos milagres que lhe são atribuídos.
São Nicolau nasceu nos finais do século III na Turquia e a sua vida foi dedicada à divulgação do cristianismo. A ele são-lhe atribuídos diversos milagres. São Nicolau é tido como patrono dos marinheiros, dos viajantes, das jovens solteiras e das crianças. Segundo uma lenda, São Nicolau regressava sempre a 6 de Dezembro e, durante a noite, distribuía secretamente prendas a todas as crianças. São Nicolau ainda hoje é venerado em muitos países ocidentais de tradição protestante, como o grande doador de presentes. Por motivos desconhecidos, a festa de São Nicolau, celebrada aquando da data da sua morte a 6 de Dezembro, e a data da celebração do nascimento de Cristo passaram a confundir-se e ambas passaram a ser celebradas a 25 de Dezembro.
Hoje, um pouco por todo o mundo, o dia 25 de Dezembro é hoje celebrado por milhões de cristãos e mas também por muitos não cristãos. Este Natal celebre a época que se quer de paz e amor.